quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Mesma Dona ângela



Por: Gregório de Matos

Anjo no nome Angélica na cara,

Isso é ser flor e Anjo juntamente,

Ser Angélica flor e Anjo florente,

Em quem,senão em vós se uniformara?


Quem veria uma flor, que não cortara

De verde pé, da rama florescente?

E quem um Anjo vira luzente,

Que por seu Deus, o não idolatrara?


Se Anjo sóis dos meus altares,

fôreis o meu custódio, e minha guarda

Livrara eu de diabólicos azares.


Mas, vejo que por bela e por galharda,

posto que os Anjos nunca dão pesares,

sois Anjo que me tenta e não me guarda.






Deixe um comentário sobre esse soneto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009